sábado, 29 de agosto de 2015

Cuba e Coreia, uma amizade que seguirá para sempre




A história de amizade e irmandade entre nossos povos seguirá para sempre, assegurou ao Granma o embaixador da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) em Havana, Pak Chang Yul, em razão da celebração de hoje do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países.

Aos 55 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, Granma entrevistou o embaixador da nação asiática em Havana, Pak Chang Yul.

O diplomata disse que ambos Partidos, Governos e povos comemoram com orgulho a data, pois se converte em um motivo importante para consolidar os laços de amizade e cooperação, assim como para estimular ainda mais a luta antiimperialista e defender as respectivas revoluções.

Além disso, acrescentou, ambos os povos consolidaram sua irmandade baseada em princípios revolucionários e obrigações morais, se apoiando e cooperando mutuamente.

Durante o diálogo, lembrou que a amizade entre as duas nações tem a marca da heróica luta de nossos dois povos, que superaram todo tipo de desafios e dificuldades criados pelas cruéis maquinações do Império.

Nesse sentido, também expôs como o grande líder e pai da pátria socialista, Kim Il-sung, deu seu informe em defesa da Revolução Cubana, quando, em meio a Crise de Outuro, convocou seu povo a rechaçar a manobra estadunidense, e fez um chamado a que tanto membros da embaixada em Cuba quanto estudantes, dessem seu apoio aos seus irmãos cubanos.

Da mesma maneira, o Comandante em Chefe Fidel Castro Ruz, líder histórico da Revolução Cubana, sempre brindou seu sincero apoio e solidariedade a justa causa de nosso povo, na luta pela construção do socialismo e por realizar a reunificação independente da pátria, disse Pak Chang Yul.

Sobre o recente reestabelecimento de relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, opinou que é uma vitória indiscutível do Partido, do Governo e do povo de Cuba que Washington tenha reconhecido o erro de sua política hostil.

Pak Chang Yul também explicitou que seu país seguira brindando seu invariável respaldo e solidariedade a Cuba, que luta a mais de meio século sob a bandeira guía de Fidel e Raul.

Nosso povo, conforme a solene vontade dos máximos dirigentes de ambos os países, dedicará todos seus esforços para consolidar e desenvolver as relações de amizade e cooperação com Cuba. Estaremos para sempre ao lado do povo cubano, concluiu.

Além da celebração desse sábado 29 de agosto do aniversário de 55 anos das relações entre Havana e Pyongyang, no próximo mês de outubro a RPDC festejará o 70º aniversário da fundação do Partido do Trabalho da Coreia.

Traduzido do Granma pela equipe do Fuzil Contra Fuzil.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Os 89 anos de Fidel Castro

Fidel em aparição pública em 2015

Neste 13 de agosto de 2015, o Comandante Fidel Castro Ruz completa seus 89 anos. É imperativo a qualquer anti-imperialista e comunista sincero não só saudar, como também reconhecer a importância desse grande homem para a História da libertação dos povos, e, principalmente, para América Latina. Ainda mais se considerarmos que esse continente segue, à parte de Cuba, sob a dominação mais cruel e parasitária do Imperialismo estadunidense.

Como revolucionário, Fidel Castro foi capaz de compreender, de maneira exata, ainda que inicialmente sem assumir o marxismo-leninismo, que Cuba deveria superar a velha relação de dominação existente, e que isso só poderia ocorrer através de uma revolução levada a cabo por seu povo, com armas nas mãos. Também, posteriormente, compreendeu que somente o nacionalismo não seria suficiente para garantir a independência almejada em um país semi-colonial. Assim, levantou alto a bandeira do comunismo "debaixo dos narizes" do imperialismo, como afirmou em um histórico discurso. O país de analfabetos, da subjugação cotidiana e da miséria converteu-se no país de um povo culto e que não teme dar sua vida por sua independência. Converteu-se no primeiro país a reivindicar o socialismo na América.

Se os povos fazem sua História por caminhos tortuosos e de muitos combates, o povo cubano pode contar com um verdadeiro Comandante para liderá-lo nessas duras batalhas. Fidel, não só compreendeu seu contexto, como foi  capaz de vislumbrar e conduzir esse povo pelo caminho revolucionário, caminho que, em última instância, é invencível.

Seguindo a máxima de Martí, Fidel apresentou o sólido exemplo do homem que tem ideais justos e, que, se necessário, está disposto a dar sua vida por esse ideal, sem pestanejar.E não foram poucas vezes em que ofereceu sua vida: seja na prisão; nas serras; sob a mira de armas nucleares; ou como líder, ameaçado por centenas de tentativas de assassinato.

O Comandante Fidel é um grande exemplo de que os verdadeiros chefes se comprometem até as últimas consequências quando se faz necessário. Fidel é exemplo da obstinação revolucionária. O soldado e comandante mais genial e disciplinado da Revolução Cubana. Exemplo aos revolucionários de todo o mundo.
 Em outubro de 1965, Ernesto "Che" Guevara em sua despedida escreveu a Fidel: "...Se minha hora final me encontrar debaixo de outros céus, meu último pensamento será para o povo e especialmente para ti, que te digo obrigado pelos teus ensinamentos e pelo teu exemplo, ao que tentarei ser fiel até ás últimas consequências dos meus atos." 

Sob a influência e exemplo de Fidel e da Revolução Cubana, nasceram e se forjaram bravos homens e mulheres. Sob a bandeira de Fidel e da Revolução Cubana seguem nascendo e se forjando bravos revolucionários que tem mantido a bandeira do anti-imperialismo e do socialismo hasteada.

Assim como Che, os revolucionários devem enxergar Fidel sob a perspectiva daquilo que ele tem de exemplar.

Portanto, por ocasião dos seus 89 anos, a equipe da página Fuzil contra Fuzil envia suas calorosas saudações ao inspirador revolucionário e eterno  Comandante da Revolução Cubana e a seu povo,

Viva os 89 anos de Fidel!

Viva a luta anti-imperialista e a Revolução Cubana!

sábado, 8 de agosto de 2015

Entrevista com o Presidente do Movimento Juvenil Martiano - Parte 2

Yusuam Palacios Ortega,
Presidente do Movimento Juvenil Martiano

No mês de abril, publicamos a primeira parte da entrevistas com o camarada Yusuam Palacios Ortega, presidente do Movimento Juvenil Martiano. Segue abaixo a segunda parte dessa entrevista, que abordará concretamente quais são as atividades realizadas pelo Movimento e sua relação com a União da Juventude Comunista, a juventude do Partido Comunista de Cuba.


Que tipo de atividades são organizadas pelo movimento e como elas são financiadas? 

Yusuam: São atividades das mais variadas. É destacável o objetivo pelo qual surge o movimento, de resgatar o Seminário Juvenil de Estudos Martianos, sendo esta sua atividade fundamental. É um evento que é organizado desde os clubes martianos até o nível nacional, no qual as crianças, os adolescentes e os jovens realizam pesquisas, estudos martianos, aproximam-se de Martí a partir de distintas perspectivas. A partir de manifestações artísticas, crianças que pintam sobre temas relacionados a Martí, jovens que escrevem sobre Martí, assim como os que realizam obras teatrais a partir das idéias e ensinamentos desse professor, os que compõem canções dedicadas a Martí, os que escrevem contos, poesías, ensaios, exposiçoes, todas as manifestações da literatura e da arte, relacionadas a esse evento. Enquanto os jovens agrupam-se para conjuntamente, a partir do diálogo, das relações que podem ser criadas em torno de um evento desse tipo, realizar essa festa martiana.

Vemos nesse Seminário que em distintas comissões reunem-se os jovens para transmitir suas experiências, para compartilhar o resultado de seus trabalhos dedicados não somente a Martí, insistimos sempre nisso. O Movimento é mais que martiano, levando em consideração que não estudamos apenas Martí, mas desde Martí estudamos toda a escola cubana de pensamento, como pensadores ilustres como Maceo. E destaco Antonio Maceo, porque derivado do Semininário Juvenil de Estudos Martianos, já em sua edição 42, estamos organizando e o Movimento vem assumindo, outros eventos desta natureza, como o Seminário Juvenil Maceísta, como a Jornada Cespediana (Carlos Manuel de Céspedes, N.E.), dedicada ao pai da pátria, como os seminários em torno da figura de Ignácio Aramonte, por exemplo.

Ou seja, é uma atividade na qual agrupamos e tentamos reunir, nesse intercâmbio de experiências, muitos jovens no país, desde que são crianças até quando já terminaram seus estudos universitários. São jovens que estudam toda esta grande obra humana que nos antecede e que afinal é a própria cultura cubana. Essa é a atividade essencial.

Que outras atividades realizamos? Pois os encontros entre gerações os diálogos entre gerações, atividade que o Movimento assumiu a partir de uma idéia, que afortunadamente se materializou, do doutor Armando Hart Dávalos, diretor da Oficina do Programa Martiano, uma das figuras históricas da Revolução Cubana. E o movimento compreendeu que é hoje mais do que importante, é uma necessidade, dialogar entre gerações, para o entendimento entre essas gerações e para conseguir e obter a unidade nacional, a unidade das forças em Cuba. Isso é muito significativo e é uma das ações que realizamos: os "Diálogos entre Gerações".

Fazemos também as acampadas martianas, as rotas históricas, especialmente, reeditamos com muita sistematicidade a rota martiana de Playita de Cajobabo, lugar por onde desembarcou Martí em 11 de abril de 1895, até Dos Ríos, lugar onde cai em combate. Essa é uma rota que o movimento assumiu e que realiza anualmente com muitos jovens que sentem-se motivados para conhecer essa história não apenas pelo que contam os historiadores, ou até mesmo pelo que o próprio Martí conta em seu diário de campanha, mas vivendo os lugares por onde passou Martí. Diretamente, conectam-se com cada um desses acampamentos, lugares históricos por onde transitou o apóstolo (da independência, N.E.) em sua rota gloriosa, assim como o generalíssimo Máximo Gomes que o acompanhou nesse trajeto, já que desembarcou junto com ele em Playita de Cajobabo.

Mas também temos outras rotas em todo o país que estão relacionadas essencialmente com a história de cada um de nossos territórios. Vejam, o Movimento Juvenil Martiano converteu-se em uma brigada de resgate e salvamento da história. Traz a bandeira da história, traçando hoje linhas importantes da aproximação com a história por parte dos próprios jovens. Uma forma de nos aproximar da história e de nos sentir motivados pela história e de não pensar que a história são meros relatos ou que a história é algo que não nos contribuirá em nada proveitoso, é precisamente nos conectarmos com a história, desde as vivências, desde o emotivo, desde a própria materialização prática do que lemos ou do que dizem que ocorreu. Então é por isso que fazemos esses trajetos, as caminhadas, as visitas a lugares de interesse histórico. Evidentemente, organizamos também uma ação todos os anos, no dia 14 de junho, dedicada a Maceo e ao Che Guevara, pois esse dia é precisamente o dia do nascimento de ambas as figuras históricas, de ambos os próceres, subindo as principais elevações de todo o país. Em todas as províncias, os jovens unem-se para fazer essa escalada histórica, também Martiana, até as principais elevações que temos em Cuba, porque, precisamente, seguindo Martí, "Subir lomas hermana hombres." ("Subir montanhas torna os homens fraternos.", N.E.). E também buscamos isso.

Pois bem, fazemos também os encontros de pensamento, O Movimento Juvenil Martiano, e os convidamos para quando haja a próxima edição, faz os Encuentros Ganémosla a pensamiento (A ganhemos com o pensamento, com nossas idéias, N.E.), espaços para intercâmbio, espaços para debater, espaços também para que nos questionemos da realidade na qual vivemos, para pensar Cuba a partir do presente, para pensar Cuba em direção ao futuro. Esses são espaços muito interessantes, muito ricos com intelectuais, com distintas pessoas que se interessam pelos temas em alta da própria sociedade cubana, da vida, da situação internacional inclusive, sendo também encontros de pensamento, de diálogo, de debate. 

Fazemos os projetos vinculados a todos os jovens dos distintos níveis de ensino, por dizer, os jovens da FEEM (Federação de Estudantes do Ensino Médio, N.E.), os jovens também da Universidade, os jovens dos centros de trabalho e de produção, nas comunidades, fazemos os projetos de trajetos por todo o país, como por exemplo o que concluímos faz cinco ou seis meses, que chamou-se "Cuba em minha Mochila". Percorremos todo o país com uma pergunta essencial, um questionamento, que motivou todas as pessoas às quais pudemos chegar a também sentar e refletir sobre suas vidas em Cuba, sobre as necessidades que temos hoje, na nossa condição de seres humanos, de seguir em frente e de seguir prosperando, não apenas no campo econômico mas também no campo espiritual, cultural, que é tão importante. E esse questionamento era muito simples: "O quê você guardaria de Cuba em sua mochila?", qualquer que fosse a circunstância. As experiências e as vivências foram muitas e das mais variadas, muito ricas, por todo o país, em centros estudantis, em centros de trabalho e em comunidades. E assim fazemos as rotas e as campanhas, admiráveis, como a de Sabaneta a Miraflores que será realizada agora no próximo mês de julho, especificamente dedicada ao 60º aniversário do nascimento do comandante supremo Hugo Rafael Chávez Frías. (1)

São algumas das principais atividades que hoje o Movimento Juvenil Martiano está realizando. Isso sem contar todas as ações que desde a escola de pensamento do Movimento estamos realizando. A linha de pesquisa do Movimento Juvenil Martiano é hoje uma das ações fundamentais de nosso movimento. Nós temos também um núcleo investigativo que realiza esses estudos muito importantes, da cultura cubana, da história, da política em Cuba, da economia, do direito, também aí está o projeto Pensar Cuba desde o Direito, do Movimento Juvenil Martiano. Ou seja, buscamos enquanto Movimento que nos sintamos - e não de que nos consideremos, já que isso pode significar que não o somos - tratamos de ser efetivamente uma vanguarda juvenil liderados pela União de Jovens Comunistas para assumir como pauta e levar adiante o país. E levar o país em direção a duas arestas fundamentais. A primeira delas: Manter nossas conquistas. As conquistas revolucionárias de Cuba não podem perder-se. O movimento está consciente disso e está lutando para mantê-las, mas, mais do que isso, com o objetivo de vencer os limites do possível, de ir mais longe, seguir conquistando, seguir levando o país adiante. Essas são as idéias fundamentais do trabalho que vem sendo realizado hoje pelo Movimento Juvenil Martiano. Em suma: trata-se de semear nos jovens a idéia martiana, o humanismo, a espiritualidade, o ser revolucionário, radical e harmonioso de José Martí. A fé no progresso do homem, na utilidade da virtude, a vocação pela justiça...

Qual foi o legado de Martí ao seu filho? Qual foi a herança que ele recebeu de seu pai, senão sua obra, seu pensamento? Mas, mais que isso, no dia primeiro de abril, alguns dias antes de Martí viajar à Cuba, e desembarcar aqui no dia 11, escreve uma carta ao seu filho e termina exortando-lhe, a José Francisco Martí Zayas Bazán, que fosse justo. E ele deixa isso ao seu filho, esse pedido de que fosse um homem justo. Isso é o que tentamos, a partir do Movimento, de cultivar em nossos jovens: o senso de justiça.

Os homens lutam, e tem sido assim historicamente, por pão e por direitos. Em Cuba, hoje em dia não é preciso lutar pelo pão, pois o pão o temos. Em Cuba, hoje não é preciso lutar por um grande grupo de direitos, foram já conquistados e já é realidade o exercício desses direitos pela cidadania, pelos cubanos. Em Cuba há que seguir lutando, para que não perdamos o pão e para que não perdamos os nossos direitos. Então seguimos lutando por pão e por direitos! Seguimos lutando pelo que já temos e pelo que devemos seguir tendo.

Então, poderia parecer que o Movimento, com suas caminhadas e caminhadas, com suas subidas de morros, rotas históricas, encontros entre gerações, intercâmbios nas universidades com os jovens, que é outra das coisas fundamentais, vamos com Martí às universidades, aos estudantes pré-universitários, aos técnicos, aos centros de educação técnico-profissional, aos bairros... Isso pode parecer algo sem sentido, sem valor. Mas, ao contrário, tem muito sentido e muito valor, pois deixamos o pequeno grão de compromisso pátrio, o pequeno grão de revolução, aquele pequeno grão de milho, mas é um grão de milho que tem valor, que sai de dentro de nós, desde o coração, desde o sentimento mais profundo de amor à Cuba, de amor à pátria, para compartilhá-lo com os demais, para que eles se sentem durante um segundo para refletir e sentir que são verdadeiramente cubanos e que tem que fazer por Cuba. Não apenas pensamos no Movimento, servimos também. Essa é a idéia: Pensar, pois pensar é servir. E aí está o principal dever dos homens, o de pensar por conta própria, mas com o fim de servir aos demais. "Faz algo de bom todos os dias em meu nome.", pede Martí a María Mantilla em uma de suas memoráveis cartas. Esse é o lema que o Movimento acolheu, o lema do Movimento Juvenil Martiano. "Faz algo bom todos os dias em meu nome."

Sobre o financiamento, perguntaram vocês. O financiamento está a cargo hoje da União de Jovens Comunistas, que é a organização de vanguarda juvenil em Cuba. Politicamente falando, é a fonte do Partido. Mas é também quem agrupa, a partir da atenção política propriamente dita, do acompanhamento, as organizações estudantis e movimentos juvenis. Então, o Movimento tem um orçamento, que a União de Jovens Comunistas lhe atribui para que realize suas atividades. Somos uma ferramenta fundamental, somos um dos braços armados da UJC em Cuba. E isso é algo muito grande, porque em Cuba não faz falta, e talvez muitos se perguntem, a partir da experiência que há em outros países, por que em Cuba não há um Ministério cujo papel seja a atenção aos jovens? Não nos faz falta. Em Cuba há uma União de Jovens Comunistas que não ocupa-se somente da atenção aos militantes da União de Jovens Comunistas, mas de todo o universo juvenil do país. Vejam a grandeza da unidade revolucionária em Cuba e de como a tradição histórica no país nos levou a isso, a ter uma organização política em Cuba, que é a organização que leva adiante a manutenção da República, mas que dirige sua política a atender todas as inquietudes, todas as preocupações dos jovens no país, das juventudes em Cuba. Há muitos jovens, com pensamentos diversos, com idéias distintas, com projeções também diferentes. Evidentemente, as coisas devem ser assim. Mas então existe essa organização que engloba, conduz e trata de articular de uma forma coerente as políticas para as juventudes. 

Pois bem, uma dessas arestas do trabalho da UJC é precisamente o Movimento Juvenil Martiano, que chega a todos os jovens, inclusive aqueles que são cubanos não nascidos em Cuba. Os cubanos que não nasceram em Cuba, que os temos hoje aqui, que estão estudando, que cursam distintos mestrados, que trabalham em Cuba, de uma forma não permanente, enfim, a todos esses jovens, e evidentemente a todos os jovens cubanos, até a idade de 35 anos, o Movimento pode chegar com todas estas propostas. Então, o financiamento se organiza por esse caminho, pelo orçamento que temos, que nos é atribuído pela UJC. 


Final da Parte II
28 de julho de 2014


Notas: 

1. Sabaneta é a cidade de origem de Hugo Chávez Frías. Coincidentemente, há uma cidade em Cuba com o mesmo nome e outra chamada Miraflores, mesmo nome do palácio de governo da Venezuela. 


Equipe do Fuzil contra Fuzil

domingo, 2 de agosto de 2015

Fidel Castro: O Trotskismo instrumento vulgar do imperialismo e da reação.

Os imperialistas yanquis têm usado contra nós não só o bloqueio econômico, não só agressões armadas, não só nos ameaçaram mortalmente em determinadas circunstâncias, não só realizaram contra esse país todo tipo de sabotagem, espionagem, ataques piratas, mas o imperialismo norte americano tem utilizado contra nosso país armas mais sutis, como a propaganda e a calúnia. Não só isso, mas o imperialismo yanqui e seus agentes têm tratado de destruir o prestígio da revolução cubana à parte das lutas revolucionarias deste continente, e tem usado as maneiras mais vis e mais caluniosas para desacreditar a revolução. E se utilizam de todos os meios, de todos os jeitos, recorrem a todas as armas.
Desde cedo interessa aos imperialistas uma discussão específica destes problemas. Um irresponsável qualquer, um charlatão qualquer, um fantoche qualquer, não se importa de afirmar qualquer irresponsabilidade, qualquer calúnia. É bem sábio que só ao inimigo interessa de que forma se leva a cabo na prática essa palavra que se chama solidariedade, não só com os povos revolucionários deste continente, mas de todo o mundo.

Mas, o que houve? Há um ato que vou tomar como exemplo para demonstrar como trabalha o imperialismo e seus agentes, e que é um fato realmente interessante. Me refiro a campanha realizada pelo imperialismo yanqui e seus agentes em relação a partida de  nosso companheiro Ernesto Guevara.
Creio que este é um assunto que devemos “tomar pelos chifres” para esclarecer algumas coisas.

O companheiro Ernesto Guevara, alguns revolucionários deste país e alguns revolucionários fora deste país sabiam quando sairam, o que estavam fazendo nesse momento e, desde cedo, os imperialistas estavam muito interessados em saber, com todos os detalhes, onde estavam, o que faziam, como faziam e, no começo, pareciam não saber ou se sabiam, dissimularam muito.  Porém, é claro que estas são coisas que o tempo, quando as circunstâncias permitirem, possibilitará seu esclarecimento. Mas os revolucionários não necessitam desses esclarecimentos. É o inimigo que se aproveita dessas circunstâncias para tentar causar intriga, para tentar confundir e para tentar caluniar. O companheiro Guevara se uniu a nós quando estávamos exilados no México e sempre, desde o primeiro dia, teve a ideia claramente expressada de que quando a luta terminasse em Cuba, ele teria outros deveres a cumprir em outro lugar, e nós sempre lhe demos nossa palavra, de que nenhum interesse de estado, nenhum interesse nacional, nenhuma circunstância, haveria de nos fazer pedir que ficasse em nosso país, dificultando o cumprimento desse desejo ou dessa vocação. E nós cumprimos plena e fielmente essa promessa que fizemos ao companheiro Guevara.

Naturalmente, que se o companheiro Guevara ia sair do país, era lógico que fizesse clandestinamente, era lógico que se movesse clandestinamente, era lógico que não tivesse chamado jornalistas, é lógico que não tivesse dado conferência à imprensa, é lógico que dadas as tarefas que se propôs, devia fazê-lo da forma fez. E sem dificuldade, quanto proveito os imperialistas tentaram tiram dessas circunstâncias e tem tentado!

É por isso, que eu trouxe alguns papeis. Não se assustem pensando que vou ler todos os papeis que tenho aqui, apenas o que têm escrito todos os jornais imperialistas e burgueses com relação ao caso do Comandante Guevara, o que têm escrito os jornais dos Estados Unidos, suas revistas, suas agências de notícias, os jornais burgueses da América Latina e de todo o mundo. E vamos ver quem tem sido os principais porta-vozes da campanha imperialista de intriga e calunia contra Cuba com relação ao caso do companheiro Guevara. Em primeiro lugar, certos elementos que têm sido utilizado nas ultimas décadas de maneira constante contra o movimento revolucionário. E assim, vocês me dão um pouco de tempo, entre tantos dados, vou buscar um muito interessante. Ah! Encontrei! É de um canal da UPI, de 6 de Dezembro de 1965 que diz: “Ernesto Guevara foi assassinado pelo Primeiro Ministro cubano Fidel Castro, por ordem da URSS – declarou Felipe Albuaguante, chefe dos trotskistas mexicanos em declaração a El Universal. Acrescenta que o Che foi fuzilado por insistir em colocar Cuba na linha da China.” Isto, naturalmente, viria a tona com uma campanha que começaram a realizar os elementos trotskistas em todas as partes simultaneamente.

E assim, em 22 de Outubro, o semanário Marcha publicou um artigo de um conhecido teórico trotskista, Adolfo Guil, que afirma que Che saiu de Cuba devido a discordâncias com Fidel por um conflito chino-soviético e que Che não pôde impor sua opinião na direção. Disse que o Che, de forma confusa, propunha a extensão da revolução ao resto da América Latina, em oposição à linha soviética. Disse que a Direção Cubana estava dividida entre uma ala conservadora, que inclui os velhos dirigentes do PSP, os partidários de Che e Fidel e sua equipe em uma posição de oscilação centrista conciliadora. Disse que o Che saiu de Cuba por carecer de meios de se expressar e que Fidel temeu enfrentar as massas para explicar o caso de Che. Este mesmo teórico trotskista, em 31 de Outubro de 1965, em uma reportagem do Nuevo Mundo, um jornal italiano, escreveu um artigo qualificando a Direção Cubana de filosoviética e acusando Fidel de não haver explicado politicamente ao povo o ocorrido com Che. Disse que o comandante Guevara foi derrotado pelo PSP e a equipe castrista; critica o Che por não haver levado as massas a luta por impor suas teses e conclui que o Estado cubano, paralisado por sua própria política, não apoiou publicamente a revolução dominicana. E sobre isto, vou me referir um pouco mais adiante.

No número de Outubro de 1965, o jornal Batalla, dos trotskistas espanhóis, declara que o mistério que rodea o caso de Che Guevara deve ser esclarecido. Disse que amigos de Che supõem que a carta lida por Castro é falsa e se pergunta se a Direção cubana se orienta em uma submissão a burocracia do Kremlin.

Pela mesma época, aproximadamente, o órgão oficial trotskista da Argentina publica um artigo em que assegura que Che está morto e preso em Cuba. Disse que: “entrou em conflito com Fidel Castro pelo funcionamento dos sindicatos e a organização das milícias”. Acrescenta que, “Che se opunha a integração do CC com os favoritos de Castro, especialmente oficiais do exército, seguidores da ala direita de Moscou”.

Mas um dos escritos mais sujos, mais grosseiros e mais indecentes é o que escreveu o dirigente do Escritório Político Latino-americano da Quarta Internacional no jornal Lucha Operária, da Itália. Sobre esse artigo, de fato comprido, só vou ler três parágrafos.

Começa dizendo: “Um aspecto da intensificação da crise mundial da burocracia é a expulsão de Guevara. Guevara foi expulso agora, não fazendo oito meses à duração da discussão com Guevara, e não foram oito meses que passaram bebendo café. Lutaram duramente e talvez tenha havido mortos, talvez se tenha discutido a golpes de pistola. Não podemos dizer se mataram ou não Guevara, mas existe o direito de supor que tenham matado.

Por que Guevara não aparece? Não é apresentado em Havana pelo temor das consequências, a reação da população, mas certamente ao esconde-lo produzem o mesmo efeito. A população diz: por que Guevara não sai, não aparece?

Não há nenhuma acusação política, existem elogios políticos relacionado a ele. Por que não apresentaram Guevara? Porque não falaram? Como é possível que um dos fundadores do Estado proletário cubano, que até pouco tempo corria o mundo em nome do Estado proletário, inesperadamente diga: me aborreci da Revolução Cubana, vou fazer a revolução em outra parte? Por outro lado, não dizem onde foi e não é apresentado. Todo o povo cubano compreende que há uma luta enorme e que essa luta não acabou. Guevara não estava só e nem está só. Se tomam estas medidas contra Guevara, é porque existe uma grande preferência, muito grande, de estar do seu lado. E além dessa preferência muito grande, há uma enorme preocupação do povo.

    Há pouco tempo, o governo cubano publicou um decreto bastante severo: é necessário restituir todas as armas ao Estado. Naquele momento, a questão era um pouco confusa, agora está claro que fim tinha essa resolução: era contra a preferência de Guevara, temiam um levantamento”.

Outro parágrafo: “Por que silenciaram Guevara? A quarta internacional deve levar adiante uma campanha publica nesse sentido, exigindo a aparição de Guevara, o direito de Guevara de defender-se e discutir, fazer apelações as massas, a não confiar nas medidas tomadas pelo governo cubano, porque são medidas burocráticas e talvez de assassinos. Eliminaram Guevara para calar sua luta, fizeram calar Guevara. Não obstante que sua posição não fosse coerente desde o ponto de vista revolucionário, porque tendia a adequação de suas posições em sua tendência revolucionária”. E mais adiante diz: “Isso demonstra, não o poder de Guevara ou de um grupo guevarista em Cuba, senão a maturidade das condições do resto dos estados proletários para que em breve, estas posições frutifiquem. A burocracia não engana com manobras e medidas desse gênero. A eliminação de Guevara significa para a burocracia, a tentativa de eliminar uma base de possível reagrupamento de tendência revolucionário que continuaria o desenvolvimento da revolução mundial. Esta é a base da liquidação de Guevara, e não só pelo perigo que representa a Cuba, senão porque inclui o resto da revolução latino-americana. “Ao lado de Cuba está a Guatemala com o programa da revolução socialista e, embora sua força e os discursos de seu líder máximo Fidel Castro, não impediram que o movimento “13 de Novembro” se torna-se um movimento revolucionário e que luta diretamente pelo socialismo”.

    Não é absolutamente acidental, nem muito menos, que este senhor, dirigente da Quarta Internacional, mencione aqui muito orgulhoso o caso da Guatemala e do movimento “13 de Novembro”, porque precisamente com relação a este movimento, o imperialismo yanque tem usado uma das táticas mais sutis para liquidar o movimento revolucionário, que foi escolhido pelos agentes da Quarta Internacional que por ignorância, por ignorância política do dirigente principal desse movimento, não fizeram adotar nada nada menos que essa coisa desacreditada, essa coisa anti-histórica, essa coisa fraudulenta, que emana de elementos tão comprovadamente a serviço do imperialismo yanque, como é o programa da Quarta Internacional.

    Como aconteceu isso? Yong Sosa era, sem duvida, um oficial patriótico; Yong Sosa encabeçava o movimento de um grupo de oficiais do exército - em cujo destacamento por certo participaram os mercenários que depois invadiram Giron - e através de um senhor que era comerciante, que se encarregou da parte política do movimento, a Quarta Internacional arrumou tudo para que esse dirigente, ignorante dos problemas profundos da política e da história do pensamento revolucionário permitisse que esse agente do trotskismo - a respeito do qual nós não temos a menor duvida que é um agente do imperialismo - que se encarregou de redigir um jornal no qual copiava “de cabo a rabo” o programa da Quarta Internacional.

    O que a Quarta Internacional cometeu com isso foi um verdadeiro crime contra o movimento revolucionário, para isolá-lo do resto do povo, para isolá-lo das massas, ao contagiá-lo com as insensatez, o descrédito e a coisa repugnante e nauseante que hoje é o campo da política do trotskismo. Porque se em um dado tempo o trotskismo representou uma posição errada, mas uma posição dentro do campo das ideias políticas, o trotskismo passou a converter-se nos anos seguintes em um vulgar instrumento do imperialismo e da reação.

    De tal maneira pensam esses senhores que, por exemplo, com relação ao Vietnam o Sul, onde uma grande frente revolucionária uniu a imensa maioria da população, a diversos setores da população, os uniu estreitamente ao redor do movimento de libertação e da luta conta o imperialismo, para os trotskistas, isso é um absurdo, isso é contrarrevolucionário, e esses senhores chegam a ousadia, frente aos fatos e as realidades da história e do movimento revolucionário, a expressar-se dessa forma.

    Felizmente, na Guatemala o movimento revolucionário foi salvo. E foi salvo graças a clara visão de um dos oficiais que junto com Sosa havia iniciado o movimento revolucionário, e compreendendo aquela insensatez, aquela estupidez, se separa do Movimento “13 de Novembro” e com outros setores progressistas e revolucionários organiza as Força Armadas Revolucionárias da Guatemala. E esse jovem oficial que teve tão clara visão da situação é quem representa o movimento revolucionário da Guatemala nesta Conferência, o comandante Turcios. O comandante Turcios tem seu mérito não só por ser um dos defensores da luta armada pela libertação de seu povo oprimido, mas também o mérito de ter salvado o movimento revolucionário guatemalteco de uma das estratégias mais sutis e desleais do imperialismo yanque, e levantar as bandeiras revolucionárias da Guatemala, e de seu movimento anti-imperialista, resgatando-a das mãos sujas destes mercenários a serviço do imperialismo yanque.

    E temos a esperança em relação Yong Sosa, cujas intenções patrióticas ao iniciar a luta ninguém duvida, e cuja condição de homem honrado ninguém duvida - Há vezes que sim, temos muitas sérias razões para duvidar sua atitude como dirigente revolucionário da Guatemala, e desta vez sob outra direção sob outro guia, que demonstrou, em momentos como este, claridade de visão e atitude de dirigente revolucionário.

    Esta posição dos trotskistas é a mesma que adotaram todos os jornais e agencias publicitárias do imperialismo yanque, a mesma com relação ao caso do companheiro Ernesto Guevara, a imprensa imperialista dos Estados Unidos, suas agências de notícias, a imprensa dos contrarrevolucionários cubanos, a imprensa burguesa no continente e no resto do mundo. Isto significa, que essa campanha de calunia e de intriga contra a Cuba Revolucionária em relação ao caso do companheiro Guevara coincide de uma maneira exata com todos os setores reacionários imperialistas, burgueses, com todos os caluniadores e intrigantes contra a Revolução Cubana.

    Porque é inquestionável que só a reação e só ao imperialismo pode interessar desacreditar a Revolução Cubana, destruir a confiança dos movimentos revolucionários na Revolução Cubana, destruir a confiança dos povos da América Latina na Revolução Cubana, destruir sua fé. E por isso, não vacilaram no uso das armas mais sujas e mais indecentes.

O mesmo senhor Guil, que de vez em quando posa entre outros intelectuais norte-americanos na revista Monthly Review, dos Estados Unidos, teve a vilania de escrever o seguinte paragrafo, que vale a pena analisar em relação à  crise de San Domingo. Disse assim: “Um ponto culminante dessa crise foi a Revolução Dominicana, onde o Estado proletário cubano ficou paralisado por sua própria política, sem apoiar abertamente a revolução, enquanto em Cuba havia uma imensa pressão interior para uma política de apoio ativo. Se a crise era muito anterior a San Domingo, indubitavelmente San Domingo precipitou a Revolução”. Este senhor tem a vilania de acusar a Revolução Cubana de não ter dado apoio ativo a Revolução Dominicana. E enquanto os imperialistas acusam Cuba; enquanto os imperialistas tratavam de justificar sua intervenção dizendo que elementos esquerdistas e comunistas, treinados em Cuba, estavam lá à frente do levantamento; enquanto o imperialismo acusava Cuba e apresentava a Revolução Dominicana não como um problema interno, mas como um problema externo, este senhor acusa a revolução de não ter dado um apoio ativo.

    E o que se entende por apoio ativo? Acaso se pretendia que Cuba, cujas armas, cujos recursos se sabe quais são as características, podia impedir e devia impedir o desembargo das tropas norte americanas em San Domingo? Tem Cuba armas para defender a si mesma e em uma relação infinitamente inferior aos imperialistas, armas defensivas. E são tão miseráveis esses senhores, tão desavergonhados, que tentam responsabilizar Cuba de não haver impedido...Porque que o quer dizer apoio ativo? Porque tudo quanto Cuba podia fazer dentro daquelas circunstâncias, tudo quanto Cuba podia fazer e devia fazer, ela fez. E pedir a Cuba para impedir o desembarque é como pedir ao Camboja, no sudeste da Ásia, que impeça os bombardeios ao Vietnam do Norte e que impeça a ocupação pela infantaria da marinha yanque, do Vietnam do Sul. Desgraçadamente, as forças de Cuba são limitadas. Mas na medida dessas forças, e da melhor maneira possível, e de forma determinada, no momento mais adequado as circunstâncias, presta e prestará a Revolução seu maior apoio.

    A aqueles que creem que esse país tem medo dos imperialistas, a aqueles que creem -com espírito de superioridade ou com insolente delírio de superioridade- que esse país teme os imperialistas, bem lhes faria ter vivido uma hora neste país, quando a Crise de Outubro e quando pela primeira vez um povo pequeno como este foi ameaçado com um bombardeio de misseis nucleares em seu território, a atitude que teve este povo, e a atitude que teve o Governo Revolucionário.

    Muitas tolices e muitas bobagens se escrevem e, sobretudo, se escrevem pelos irresponsáveis, quando certos documentos não podem ser revelados. Mas algum dia a humanidade saberá e algum dia a humanidade conhecerá todos os fatos. Será esse dia, quando os miseráveis verão que não houve nenhum companheiro Guevara assassinado, quando se conheça igualmente qual foi a posição de Cuba naqueles dias difíceis e qual foi a serenidade deste povo.

    Valor que se demonstra do fato de sua conduta. Não obstante ser esse um país a noventa milhas da metrópole imperialista, sobre cujas cabeças no futuro pesarão enormes perigos na mesma medida que cresça o movimento revolucionário. Movimento revolucionário que sobretudo a partir do exemplo da Revolução Cubana; movimento revolucionário que cresce, que engrandece, pelo exemplo de Cuba, pelas vitórias de Cuba, pela posição de Cuba frente ao inimigo.

    E deve se ter em conta que quando esse país desafia esse perigo, não é um país que possui milhões de homens em armas, não é um país que possui armas termonucleares, porque aqui nossos foguetes são morais; e o número de milhões não é infinito, o número de homens não é infinito, mas a dignidade e postura desse povo é.

    E vão ser os anos vindouros que falarão por nós, e serão os anos vindouros que se encarregarão de esmagar os caluniadores; e não esses, que são agentes conhecidos do imperialismo, mas aos que causam confusão, que causam intrigas, a quem se deixa intrigar e servem de instrumento das mentiras contra nossa revolução.


Fidel Castro, trecho do discurso de finalização da Primeira Conferência de Solidariedade com os Povos de África,
Ásia e América Latina, pronunciado em 15 de Janeiro de 1966, no Teatro "Chaplin" de Havana, Cuba.
Cuba socialista, No 54 de Fevereiro de 1966, pág 88-97.

Traduzido por Fuzil contra Fuzil