domingo, 4 de outubro de 2015

O que se entende por normalizar?



Nos últimos meses, sem duvida, uma das palavras que mais se tem escutado é normalizar. Quando usamos os dicionários para procurar o verdadeiro significado desta palavra encontramos que significa “Submeter ao normal. Por em boa ordem.” (Dicionário Manual VOX de Língua Espanhola); “Regularizar ou por em boa ordem o que não estava. Fazer que algo seja normal.” (Dicionário Oceano Prático de Língua Espanhola).

Normalizar pode ter um efeito benéfico ou prejudicial, segundo a regra a que se submete o fato.

O normal é uma mãe sentir carinho por seus filhos. Que o professor se preocupe com a instrução e educação de seus alunos.

Que uma mulher grávida possa ter um parto feliz. Que um estudante universitário possa terminar sua carreira universitária.

Também é normal que, se você colocar um fósforo perto de gasolina, esta entre em combustão e exploda. Se você usa um automóvel e não assegurar que tenha o óleo e água necessária, o normal é que o motor se destrua. Se a um enfermo você não fornecer a medicina e os cuidados necessários, o normal é que morra.

Considero que esses exemplos são suficientes para estabelecer que a normalização de uma situação pode estar determinada pela relação entre dois países ou pessoas.

O normal é que um amigo ajude outro. Também pode se considerar normal que um inimigo tente destruir a quem considera seu inimigo. Em ambos os casos se age de forma normal. Isto pode influenciar no conceito do que um ou outro considera normal.

Estou plenamente convencido de que a ação realizada pela USAID no dia 9 de Setembro, dois dias antes de começarem em Havana as reuniões das comissões para a normalização das relações, eles consideram da maior normalidade. 

Em 9 de Setembro, a USAID anunciou que está buscando administradores para seus planos contra Cuba. O salário que oferecem está entre os 90 823 aos 139 523 dólares anuais.

As pessoas que estão tentando contratar devem ter experiência na promoção da democracia, direitos humanos, desenvolvimento da sociedade civil, desenvolvimento comunitário e formação de grupos juvenis. Como é lógico pensar, estes são planos de subversão político-ideológica que pensam desenvolver nos setores mencionados, por isso requisitam os chamados “administradores.”

No anúncio da USAID se coloca que “Os candidatos aprovados devem obter uma secreta liberação de segurança por nove meses após a aceitação do cargo.” Informação é considerada “segredo” é definida como podendo “causar sérios danos à segurança nacional” caso sejam divulgadas.

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USAID é histórica ferramenta dos EUA para atacar governos anti-imperialistas.

 Assim, esses “administradores” devem passar pelo controle de segurança e obter a famosa “liberação”, porque o que fez ou sabe, se for divulgado, pode causar sérios danos à segurança nacional. Vocês podem imaginar as tenebrosas atividades que fará a USAID contra Cuba, que se divulgadas causariam sérios danos a Segurança Nacional dos Estados Unidos?

Entre outras coisas, o anuncio da USAID coloca que Cuba é um país “sem presença física” o que significa que a USAID não conta com um escritório na mesma, sendo que a atividade será dirigida a partir de Washington, o que nos faz pensar que esses planos sinistros se executarão pelos “diplomáticos” estadunidenses designados pela Embaixada em Havana e o envio constante de pessoas na forma de professores universitários, jornalistas, acadêmicos, membros de organizações juvenis e outros.

Para finalizar a oferta de trabalho, se estabelece que as solicitações a estes cargos devam ser apresentadas antes do dia 8 de Outubro às 9:00 da manhã, embora de acordo com os anúncios da USAID se informa que esses postos de trabalho começariam  em Setembro de 2015.

Tudo muito normal. A USAID fazer o seu trabalho para tentar destruir o inimigo que se apoderou de Cuba.

Enquanto isso, as negociações seguem em frente.

Por Néstor García Iturbe de La Pupila Insomne
Tradução Fuzil contra Fuzil

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